Escrevo para lavar a dor
que suja minha alma
Para secar a água que
vem de minha triste correnteza
Forte correnteza que acorrenta meus dias
Correntes tristes e carentes de alegria
Espero a chuva para aliviar e lavar essa sujeira surda e muda,
que apesar de gritante, ninguém a escuta
Enquanto a chuva não chega para lavar minha alma
e levantar meu espírito, me sinto quente nesse clima seco, solitário, sem sabor
Sem saber sorrir a solidão sábia
que não sabe sofrer
Sem sentir a palidez de uma sombra
que não sabe se defender
Mas que me assombra de tanto viver.
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