terça-feira, 10 de maio de 2011

Flores e dores temporais*

Meu olhar se apaga
e reflete uma imagem
Me transporto e me corto
com uma faca de miragem

O corte é profundo
porém imperceptível
como alguém invisível;
uma sensação, horrível

Sua dor é existente
e silenciosa,
mas grita
de forma gloriosa

O segredo se abre
como uma flor
O medo se fecha
e esconde a dor

Meu olhar se acende
e vê a imagem
Me volto e acordo
descobrindo uma paisagem

Talvez um dia eu possa
entender totalmente aquela paisagem
Se ela não for apenas
uma triste miragem

A miragem é levada
pelo vento
O vento é levado
pelo tempo

O tempo terá um fim
porque nada nele é infinito
Mas então, quanto tempo durará
um belo jardim florido?




*Escrito (penso eu) em 2007 com a mana Carol. A primeira parte (mais inocente) é minha e a segunda, mais madura, dela.

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